Indicada ao Prêmio Nobel da Paz pel pioneiro programa de combate a Aids no Brasil, a biomédica piauiense Lair Guerra morreu aos 80 anos, a manhã desta quarta-feira (13).
A morte foi confirmada pelo irmão de Lair, Júlio Borges. Ela estava internada na UTI do Hospital Santa Luzia, em Brasília, desde janeiro, com um diagnóstico de pneumonia.
Formada pela Universidade Federal de Pernambuco, ela atuou como pesquisadora visitante na área de DSTs (Doenças sexualmente transmissíveis) no Center for Disease Control, em Atlanta, nos Estados Unidos. Paralelo ao trabalho de pesquisa, fez pós-graduação no Centro de Controle de Doenças (CDC), em Harvard.
Após retornar ao Brasil, Lair dirigiu o programa de Saúde Materno-Infantil, vinculado ao Ministério da Saúde, e, posteriormente, foi nomeada para coordenar o programa brasileiro de controle DST/Aids. A biomédica mobilizou fiscalizações em bancos de sangue e fez alianças com organizações não-governamentais para a adoção de políticas de combate ao HIV. Por seu trabalho pioneiro, Lair foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz.
Lair completaria 81 anos no dia 28 de março. O velório está marcado para sexta-feira (15), no cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso de Goiás (GO).