O prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciou que o camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio, que foi atingido por um incêndio de grandes proporções na manhã deste domingo (12), passará por uma reforma devido à destruição de grande parte de suas instalações. A Defesa Civil determinou a interdição do local por tempo indeterminado.
Em declaração, o prefeito anunciou que a prefeitura dará apoio aos comerciantes prejudicados e que o processo de reconstrução será inspirado no modelo de recuperação do Mercadão de Madureira, que também foi devastado por um incêndio no ano 2000.
“Já disse aos comerciantes que infelizmente perderam o seu comércio que a gente vai ajudar. Vamos reconstruir. Então todo mundo aqui pode ficar tranquilo. Mas eu espero poder fazer isso de uma maneira mais organizada, com uma estrutura melhor. Acho que tem um belo exemplo na cidade do Rio, que é o Mercadão de Madureira. Lá também pegou fogo, era uma coisa meio bagunçada igual aqui e foi totalmente recuperado. Passou a ser um shopping, com muita qualidade”, afirmou o prefeito.
A interdição do camelódromo continuará por tempo indeterminado até que uma vistoria detalhada seja realizada para avaliar os danos e as condições de segurança do local. Técnicos da Light também realizaram uma avaliação e decidiram desligar temporariamente a rede elétrica que abastece a área afetada.
O incêndio, que mobilizou mais de 60 bombeiros de 10 quartéis, atingiu os boxes situados no cruzamento das ruas dos Andradas e Senhor dos Passos. Não houve vítimas. As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas pela 1ª DP (Praça Mauá).
Terreno pertence à RioTrilhos
Este não é o primeiro incêndio ocorrido no local. Em outubro de 2015, o camelódromo foi atingido por um incêndio que destruiu 180 boxes, o que correspondia a 13% do total de 1,3 mil lojas. As chamas tiveram início devido a um curto-circuito ocorrido durante a madrugada. Na época, ninguém ficou ferido.
O terreno onde está localizado o camelódromo é remanescente das obras do metrô e pertence à RioTrilhos, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Transportes e Mobilidade Urbana. Em maio de 2015, a secretaria havia confirmado o andamento de um grupo de estudos, com a participação do governo estadual, do Corpo de Bombeiros e da prefeitura, para buscar soluções para o local.]