O prefeito Eduardo Paes (PSD) deve ter uma vida mais mansa na Câmara de Vereadores, neste segundo semestre. Na avaliação dos opositores, o pacote de projetos que o alcaide anunciou, num almoço com a base no Palácio da Cidade, no último dia 4, não tem grandes polêmicas.
No primeiro semestre, o projeto que autorizou o armamento da Guarda Municipal e a contratação de temporários para uma elite na corporação foi alvo de muita celeuma e grandes embates em plenário.
Desta vez, o povo do PL — que forma a maior e mais aguerrida bancada de oposição — só vê com maus olhos o prjeto que prevê a aprovação de um financiamento de R$ 882,8 milhões da Caixa Econômica Federal para obras no Rio Acari e de urbanização na Rocinha e no Complexo do Alemão.
“A destinação do dinheiro tem que estar no corpo da lei”, diz o líder do PL, Rogério Amorim.
‘Não adianta colocar só na justificativa’, diz oposição na Câmara sobre a destinação dos recursos do PAC
Para o experiente vereador Paulo Messina, também do PL, não adianta o prefeito colocar só na justificativa do projeto que as obras serão feitas na bacia do Rio Acari e em duas das maiores favelas do Rio.
“As intervenções para evitar enchentes no entorno do Rio Acari estão na lista das lendas urbanas do Rio, assim como a despoluição das lagoas de Jacarepaguá e o metrô que chegaria a São Gonçalo. Quantas vezes a gente já viu notícias sobre isso? O dinheiro chega e acaba sendo usado em outro lugar. Por isso, tem que estar na lei, não na justificativa”, diz Messina.