Um motorista foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no último sábado (12), por usar um carro com placa adulterada, além de sirene e luzes típicas de viaturas da polícia, na Rodovia Presidente Dutra, na Baixada Fluminense. Ele afirma trabalhar para o prefeito de São João de Meriti, Léo Vieira (Republicanos), que nega o vínculo.
Magno Leite Moraes se apresentou como bombeiro militar temporário e portava documentos que comprovavam, supostamente, uma autorização para circular com uma placa reservada, em nome da Câmara Municipal do Rio. No entanto, a placa usada no veículo tinha sido devolvida e estava com autorização revogada há mais de 20 dias. Outro documento apresentado possuía uma validade de três anos, embora o período máximo autorizado pelo Gabinete de Segurança Institucional do Estado seja de dois anos.
Procurado pelo TEMPO REAL, o prefeito Léo Vieira disse que Magno Leite Moraes não tem qualquer vínculo, relação de natureza empregatícia ou trabalhista com sua família.
No entanto, desde que Léo Vieira assumiu a Prefeitura de São João de Meriti, Magno Leite Moraes ocupa um cargo comissionado na Secretaria Municipal de Defesa Civil do município. De acordo com a prefeitura, ele será exonerado ainda nesta segunda-feira (14).
O prefeito já teve o nome ligado a outras placas suspeitas
Essa não é a primeira vez que o prefeito se envolve em problemas com placas. Em março, Léo Vieira foi conduzido à delegacia por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por adulteração de veículo, que estava com a placa diferente da que constava no documento.
Na ocasião, o prefeito disse que a placa não era fria e sim reservada, conforme documentação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ele foi liberado. Antes de se tornar prefeito, Léo Vieira foi vereador em São João de Meriti e deputado estadual em 2018 e 2022.
No entanto, os policiais ainda encontraram mais de R$ 100 mil em dinheiro no carro. Sobre a quantia, o prefeito disse que estava saindo de casa em direção a sua empresa familiar no ramo de automóveis, quando foi abordado pela PRF. E que o dinheiro em posse estava declarado no Imposto de Renda, e seria destinado para pagamentos. No total, foram encontrados R$ 117 mil, além de US$ 15, que foram apreendidos.