A Delegacia do Consumidor do Rio começa a ouvir, nesta sexta-feira (21), os representantes das empresas que operam no Corcovado, na Zona Sul do Rio, em investigação sobre a morte do turista gaúcho Jorge Alex Duarte, de 54 anos. O caso ocorreu no último domingo (16), quando Jorge passou mal durante sua visita ao Cristo Redentor. As informações são do G1.
A partir das 11h, a polícia começa a ouvir os depoimentos dos representantes das empresas intimadas para esclarecer o que ocorreu no dia da morte do turista. A investigação foca em verificar possíveis falhas no atendimento médico e crimes contra as relações de consumo, como omissão de socorro, que possam ter contribuído para a tragédia.
Oito representantes das três empresas que atuam no Corcovado foram convocados a depor. Entre os intimados estão membros do Trem do Corcovado, da Paineiras e da Dedica Saúde, que têm responsabilidades diretas pela operação e segurança do local.
O caso
No domingo (16), Jorge caiu desacordado nas escadarias do monumento por volta das 7h39. O socorro demorou cerca de 34 minutos, e, apesar de várias pessoas tentarem ajudar, o turista não resistiu. O Santuário do Cristo Redentor afirmou que o posto médico estava fechado no momento da ocorrência, o que teria dificultado o atendimento.
O caso gerou revolta, e, como resultado, o governo estadual interditou os acessos ao Cristo Redentor por algumas horas na segunda-feira (17), enquanto aguardava a vistoria nas empresas envolvidas. Desde então, uma ambulância foi colocada à disposição dos visitantes. Após uma vistoria, o espaço foi aberto para visitação.
Em nota, o Trem do Corcovado declarou que oferece uma enfermaria equipada para primeiros socorros e que não havia possibilidade de salvar Jorge, apesar da chegada dos socorristas. Já o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão do Parque Nacional da Tijuca, reforçou que a responsabilidade pelo atendimento médico no local é da empresa, conforme contrato de concessão.