Nesta quarta-feira (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), anunciou a liberação de R$ 30 milhões para a construção e o aparelhamento de uma policlínica em São João de Meriti, na Baixada. Um dos principais colaboradores do presidente Lula, Padilha posou para a foto com o prefeito da cidade, Léo Vieira, de um lado — e o irmão do homem, o deputado federal Luciano Vieira (REP-RJ), todo pimpão, do outro.
Na terça-feira, um dia antes de estar com o petista, Luciano acompanhou o vice-presidente da Câmara e presidente estadual do PL, Altineu Côrtes, num encontro bem mais espinhoso.
Juntos, estiveram com o ministro-bomba do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Poucos diriam que o eclético — e poderoso — deputado está só no seu primeiro mandato.
Da esquerda à direita, passando pelo STF
Luciano já ficou conhecido em Brasília como um parlamentar que circula — e muito — entre as mais variadas tendências e ideologias. Mas uma amizade, em especial, transformou hoje o moço num dos deputados mais quentes do Congresso Nacional.
Ele é BFF do colega de Câmara Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), amigo de longa data de Alexandre de Moraes. A proximidade com o ministro do STF levou o PL até a anunciar a expulsão de Antonio Carlos — embora a ameaça não tenha se concretizado.
Em Brasília, uma premissa tem se tornado verdadeira: se Antonio Carlos está no recinto, Luciano Vieira também deve estar.
Luciano tem carreira meteórica
Em 2022, o político quem tem base eleitoral na região da Pavuna pulou do cargo de vereador do Rio para o Congresso Nacional — sem escalas.
Em Brasília, o irmão mais novo do então deputado estadual Leo Vieira (Republicanos) foi se espalhando, e conquistando territórios. Em 2024, Leo se elegeu prefeito de São João de Meriti e a irmã Helena, vereadora no Rio. Luciano ajudou mais seis candidatos a conquistarem prefeituras no estado.
Equilibrador de pratinhos, cerrou fileiras com o prefeito Eduardo Paes (PSD) e com o governador Cláudio Castro (PL) ao mesmo tempo. E ai de quem questiona de que lado ele vai ficar no ano que vem.
“Muito cedo para decidir”, desconversa.
Pois até no discurso mostra está bem alinhado — com todo mundo. Paes jura que não é candidato; e Castro diz que só vai falar em eleição no ano quem vem.