Uma jaguatirica foi resgatada no dia 15 de abril, na região da Serra das Almas, em Trajano de Moraes, no Norte Fluminense, depois de ser encontrada com mais de 20 ferimentos causados por tiros de arma de chumbo. O animal, um macho adulto, também apresentava fraturas na pata dianteira direita, o que sugere que ele pode ter sido vítima de uma armadilha, possivelmente um trabuco. As informações são do jornal O Globo.
O resgate aconteceu quando a jaguatirica invadiu um galinheiro e foi capturada pelo dono da propriedade. Quando foi encontrada, ela estava em estado crítico de saúde e foi levada imediatamente ao Instituto BW (IBW), uma organização especializada na reabilitação de animais selvagens.
Exames de raio-X mostraram que, além dos projéteis de chumbo, a jaguatirica tinha espinhos de ouriço espalhados pelo corpo. A maioria dos ferimentos foi tratada com uma cirurgia, na qual foram removidos 23 projéteis. No entanto, um projétil ainda está alojado perto do olho do animal e será retirado em uma nova cirurgia. Outras duas balas, localizadas na região do tórax, não serão retiradas por questões de segurança.

A jaguatirica foi levada inicialmente para a Base de Estabilização do Instituto BW, em Macaé, mas precisou ser transferida para o Centro de Reabilitação de Animais Selvagens Praia Seca, em Araruama, devido à necessidade de exames mais detalhados e melhores condições de infraestrutura, incluindo um centro cirúrgico.
No centro de reabilitação, a jaguatirica está sendo tratada junto a outros animais, como um mico-leão-dourado paraplégico, vítima de um tiro na coluna, e fragatas que passaram por cirurgias para recuperar as asas cortadas por cerol. A veterinária Paula Baldassin, do IBW, ressaltou que jaguatiricas são comuns no Estado do Rio e, em caso de encontro com esses animais, a recomendação é acionar a guarda ambiental municipal para o resgate.