Investigação da Polícia Civil apontou que a contaminação de órgãos de transplante pelo vírus HIV foi fruto de um mecanismo de “diminuição de custos” do laboratório PCS Saleme. A Delegacia do Consumidor (Decon) divulgou o balanço final da operação Verum, realizada nesta segunda-feira (14).
Segundo as investigações, houve uma falha operacional no controle de qualidade aplicado nos testes do laboratório, com o objetivo de diminuir os custos. A análise das amostras deixou de ser realizada diariamente para se tornar semanal. A questão contratual com o laboratório também está sendo investigada pela Civil.
Foram presos Walter Vieira, sócio do Laboratório PCS Saleme e tio do deputado federal e ex-secretário de Saúde Dr Luizinho (PP-RJ), e Ivanilson Fernandes, técnico do laboratório. O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, comentou sobre a operação, que ainda deverá ter novas fases.
“A Delegacia do Consumidor instaurou o inquérito e realizou as diligências com rigor e celeridade, o que culminou na operação desta segunda-feira, com o cumprimento de medidas cautelares”, disse.
Dois foragidos
Todos os 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça foram cumpridos. Duas pessoas estão foragidas. A polícia segue investigando a cadeia operacional relacionada à elaboração dos laudos do grupo criminoso. O governador Cláudio Castro (PL) disse que os culpados serão punidos.
“Assim que tive conhecimento sobre os casos, determinei a apuração imediata dos fatos. Todos os envolvidos estão sendo investigados e os culpados serão punidos com o rigor da lei. Esse crime atenta contra todo o estado, e daremos uma resposta dura”, declarou.