O ex-vereador de Macaé, no Norte Fluminense, José Queiróz dos Santos Neto, mais conhecido como Neto Macaé, e seu chefe de gabinete, Ralf Oliveira Gonçalves, foram condenados por improbidade administrativa em esquema de “rachadinha”. A 1ª Vara Cível da Comarca de Macaé atendeu à ação movida pelo Ministério Público do Rio (MPRJ).
Segundo a investigação, parte dos salários dos assessores parlamentares, que trabalhavam em seu gabinete, era desviada para o vereador mediante ameaças de demissão. A decisão, publicada em 11 de fevereiro, determinou que Neto devolva os valores ilegalmente recebidos entre janeiro de 2017 e março de 2018, além de pagar multa equivalente ao montante desviado.
O ex-vereador também teve seus direitos políticos suspensos por 14 anos. Já Ralf Oliveira Gonçalves, apontado como responsável pela arrecadação dos valores desviados, foi condenado ao pagamento de multa civil correspondente ao dano causado.
A ação teve início a partir de uma investigação conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva Núcleo Macaé, que reuniu provas robustas do esquema, incluindo flagrante realizado pela Polícia Federal em fevereiro de 2018, quando o vereador foi surpreendido recebendo dinheiro de um assessor.
Segundo a justiça caso evidenciou o uso indevido de cargos públicos para enriquecimento ilícito, em violação aos princípios da administração pública. Até o momento, Neto Macaé não se manifestou, em suas redes sociais, sobre o caso, que ainda cabe recurso.
Irmã de Neto Macaé entrou para a política
Neto Macaé não voltou a concorrer para o cargo, mas, na última eleição, sua irmã, Liomar Queiroz (Agir), conquistou uma vaga no legislativo municipal. O ex-parlamentar comemorou em suas redes sociais.
“Hoje é um dia de alegria imensurável para mim, Neto Macaé, ao ver minha irmã, Liomar Queiroz, sendo diplomada como a primeira vereadora eleita da Zona Norte de Macaé”, disse.