CLT? Para quê?
Levantamento da Federação das Indústrias do Rio (Firjan) a partir de dados do IBGE mostra o tamanho do desafio de reconquistar trabalhadores para o mercado formal frente aos “plataformizados”, aqueles que prestam serviços por meio de plataformas digitais, como motoristas ou entregadores por aplicativo.
Em 10 anos, houve um aumento de quase 200% no número de “plataformizados” no Estado do Rio — e 75% deles preferem, de fato, este novo “emprego” à CLT. São 154 mil pessoas a mais nas plataformas digitais. O perfil profissional é de pessoas entre 25 e 49 anos, com Ensino Médio — que coincide, justamente, com o principal perfil dos trabalhadores da indústria, por exemplo.
‘Escritório de Carreira’ vai estimular o reencontro com a CLT
E não é por falta de vagas ou por baixos salários.
Dados do Departamento Nacional do Senai apontam que 80% dos ex-alunos da Firjan Senai conseguem emprego até seis meses após o curso. E a indústria tem o maior salário médio de admissão entre todos os setores da economia, segundo pesquisa da Firjan.
Por isso, uma nova porta foi aberta para estimular trabalhadores a buscarem a carteira assinada: o “Escritório de Carreira”, novo programa da Firjan Senai Sesi, buscará perfis profissionais que combinem com as demandas da indústria, além de promover mentorias personalizadas para trabalhadores, encontros com empregadores e trilhas de capacitação.
O universo potencial de pessoas beneficiadas é de 30 mil profissionais por ano, entre alunos e ex-alunos da Firjan Senai com até um ano de formação.