O diretório municipal do partido Novo elegeu, em março deste ano, uma nova presidência, alinhadíssima com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O nome da chapa vencedora era “Consenso”. Todavia, há quem diga que isso é uma certa ironia. Segundo os relatos, os não bolsonaristas vêm sendo atacados internamente, como mostram algumas postagens públicas na internet.
Outro ponto contestado é o fato de a nova presidência do Novo na capital ter contratado como prestador remunerado, por três meses consecutivos, um dos membros da chapa vencedora: o ex-candidato a vereador Kau Magno (nome eleitoral de Carlos Magno).
O bolsonarista receberá R$ 5 mil mensais para ações de comunicação. Só que a prática estaria indo de encontro ao estatuto do próprio partido (artigo 2), que exige, em casos como esse, que haja uma convenção municipal que aprove a nomeação — o que não ocorreu até então.
Contrato não está no portal da transparência do Novo
Além disso, o contrato com o novo prestador sequer está presente no portal de transparência do Novo. A última atualização é de 31 de dezembro deste ano.
O TEMPO REAL teve acesso ao documento e, nele, as duas testemunhas são os outros dois diretores da chapa, além do próprio presidente eleito, Alexandre Popó.
Ou seja: ficou tudo em casa.

Partido vive um bom momento no Rio com a filiação de Luiz Lima
Em maio, o partido Novo ganhou o reforço do deputado federal Luiz Lima, ex-PL.
Com isso, o partido voltou a ter um representante do Rio no Congresso Nacional — posto, antes, só ocupado por Paulo Ganime entre 2019 e 2022.
Luiz Lima somou-se a outros quatro deputados federais do Novo nesta legislatura — dois de São Paulo, um de Santa Catarina e um do Rio Grande do Sul. Na Câmara do Rio, o partido conta com Pedro Duarte. Na Assembleia Legislativa, não tem representantes.
Lima e Duarte devem fazer uma dobradinha no ano que vem. O deputado federal vai tentar a reeleição e o vereador vai se aventurar na busca por uma vaga na Assembleia Legislativa.