A bronca de Leandro Vieira, carnavalesco da Imperatriz Leopoldinense e da União de Maricá, contra o novo formato dos desfiles do Grupo Especial — em três dias, com quatro escolas por noite, e um tempo maior para cada uma delas passar pela Sapucaí — não foi solitária. Muitos sambistas e parte do público também torceram o nariz. Em especial, quem desfilou na terça (04) e teve que encarar o batente nesta Quarta-Feira de Cinzas — que, afinal, para quem não é funcionário público nem dono do próprio negócio, é dia útil.
Mas quem manda no pedaço — e tem poder de decisão — gostou.
“Para o Rio de Janeiro é ótimo, porque é mais um dia de comércio e coisas acontecendo. Então acho que é fantástico”, disse o governador Cláudio Castro (PL), em entrevista coletiva, logo na chegada ao Sambódromo no último dia dos desfiles.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) fez eco. Perguntado se aprovava o novo formato, nem titubeou.
“Sim! Três dias de um carnaval com uma organização que eu nunca tinha visto”, afirmou. “As pessoas gostam muito de criticar sem fazer ideia do que significa produzir o desfile das escolas de samba! Continuarão tendo meu apoio para avançar na organização do espetáculo”, completou, nas redes.
‘Erros e acertos’, diz quem comanda o Grupo Especial
Dono da ideia, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Gabriel David, admitiu, nas redes, que houve erros e acertos no desfile do Grupo Especial— mas não especificou quais foram:
“Entre erros e acertos, cada passo dado foi com um único propósito: tornar o sambista ainda mais protagonista, exaltar nossa cultura e fortalecer a grandiosidade do Rio Carnaval. Foram meses de trabalho incansável, ajustes, desafios superados e, acima de tudo, a busca constante para que sejamos reconhecidos — não só pelo brilho da Sapucaí, mas pelo que verdadeiramente somos: o maior espetáculo da Terra!”