ATUALIZAÇÃO às 10h50, com a resposta da Prefeitura do Rio
Formalizado por decreto nesta terça-feira (20), o Museu Olímpico, na Barra da Tijuca, está perto de virar realidade a um custo de R$ 119,5 milhões aos cofres públicos — praticamente o dobro dos R$ 60 milhões que a Prefeitura do Rio divulgou inicialmente.
Sob responsabilidade da Concrejato Engenharia, a implementação do museu começou com contrato de R$ 53,2 milhões. Mas não foi suficiente: recebeu mais dois aditivos que, somados, passaram de R$ 20,6 milhões.
Isso sem falar na implantação da museografia do espaço interativo que vai mostrar a história das Olimpíadas. O Instituto Realizando o Futuro saiu vencedor do chamamento público por R$ 40,1 milhões.
Este ano, no mesmo dia da formalização do museu, a Secretaria de Esportes ampliou contrato de museografia com organização social em mais R$ 5,6 milhões.
Além de acréscimo nos valores, o prazo da obra também foi estendido. Inicialmente, a previsão era de 13 meses (390 dias). Em 19 de julho deste ano, a Rio-Urbe publicou manifestação técnica com ajuste de cronograma, ampliando o prazo em mais mais 52 dias, mais especificamente para 30/09/2024.
Pedido de investigação
As despesas da obra já motivaram o vereador Pedro Duarte (Novo) a pedir que o Tribunal de Contas do Município (TCM) faça uma investigação detalhada nos gastos com o Museu Olímpico.
“É muito dinheiro e obras grandiosas, por isso pedi ao TCM que faça uma investigação detalhada dos gastos com o Museu Olímpico”, disse Duarte.
Mesma empresa que ganhou a licitação para construir a Estação da Leopoldina por R$ 72,3 milhões, a empreiteira Concrejato é integrante do consórcio responsável pela construção da Ciclovia Tim Maia, que desabou em 2016.
Em nota, a Prefeitura do Rio apresentou números divergentes para os custos. E afirma que, embora o valor total de R$ 60 milhões tenha sido divulgado em reportagens recentes como os gastos de construção e museografia, esta segunda parte não estava incluída na previsão inicial. Eis a íntegra da nota:
“As obras referentes ao museu olímpico totalizaram 45,4 milhões já com aditivo. O valor remanescente de obra se refere a intervenções no velódromo em si, como por exemplo, telhado, ar condicionado, fachada, que seriam executadas mesmo que não houvesse o museu.
A museografia nunca foi colocada no valor anunciado das obras e sim em separado. Ela monta ao total de cerca de 45 milhões”.
POR FABIANA PAIVA E FÁBIO MARTINS
Parece que o robô do Ministério Público foi programado para esquecer que o César Maia está condenado em segunda instância.