A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) deu início, nesta quarta-feira (15), ao processo de recadastramento dos lojistas afetados pelo incêndio que atingiu o camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio, no último domingo (12). O fogo destruiu 92 boxes do Mercado Popular, que abriga centenas de comerciantes.
A previsão é de que todos os lojistas impactados possam retornar ao trabalho já nesta quinta-feira (16). Eles serão realocados em boxes vagos, que não foram atingidos pelas chamas.
Para organizar o processo, a lista dos comerciantes será compartilhada com a Associação dos Comerciantes do Mercado Popular da Uruguaiana, e o recadastramento seguirá ao longo da semana, contemplando todos os comerciantes do local.
Simultaneamente, a Prefeitura do Rio deu início à demolição das estruturas destruídas pelo incêndio. A previsão é de que a operação dure cerca de 15 dias, considerando que o camelódromo possui 96 quiosques no total.
O Ministério Público do Rio (MPRJ), que já havia ajuizado uma ação em 2020 para solicitar a interdição do espaço, protocolou uma nova petição, nesta terça-feira (14), pedindo novamente a interdição do camelódromo até que a estrutura seja adequadamente readequada às normas de prevenção a incêndios. A petição ainda está sob análise da Justiça, sem uma decisão definitiva.
O processo de reconstrução do local, segundo o prefeito Eduardo Paes (PSD), será baseado no modelo de recuperação do Mercadão de Madureira, que também foi destruído por um incêndio em 2000.
Este não é o primeiro incêndio registrado no camelódromo. Em outubro de 2015, um incêndio destruiu 180 boxes, o equivalente a 13% do total de 1.300 lojas do local. As chamas começaram devido a um curto-circuito ocorrido durante a madrugada, mas, felizmente, ninguém ficou ferido.
O terreno onde o camelódromo está localizado é remanescente das obras do metrô e pertence à RioTrilhos, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Transportes e Mobilidade Urbana. Em maio de 2015, a secretaria confirmou que um grupo de estudos, composto pelo governo estadual, Corpo de Bombeiros e Prefeitura do Rio, estava em andamento para buscar soluções para o local.