O relatório da Polícia Federal (PF) sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes cita um documento que afirmava que o delegado Rivaldo Barbosa, preso preventivamente neste domingo (24) por envolvimento no crime com os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, também receberia propina para obstruir as investigações de casos ligados ao jogo do bicho.
Para proteger os contraventores e seus crimes, ele recebia até R$ 300 mil, além de um valor mensal que era pago ao grupo, segundo informa a PF. O documento com a denúncia contra Rivaldo foi produzido durante a intervenção na segurança pública no Rio de Janeiro, em 2018, e foi encaminhado aos generais Walter Braga Netto, então interventor, e Richard Fernandez Nunes, o secretário de Segurança.
O relatório destaca, durante seu período como chefe da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Rivaldo teria suposto envolvimento em crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Cita ainda que a DHC teria recebido cerca de R$ 300 mil de uma pessoa ligada ao contraventor Rogério Andrade para evitar investigações relacionadas à execução de Geraldo Antônio Pereira, morto em um tiroteio em uma academia de ginástica no Recreio dos Bandeirantes, em 2016.
Em depoimento à PF, o miliciano Orlando Curicica revelou a existência de um sistema de pagamento mensal destinado a impedir que a DHC investigasse assassinatos. Esse pagamento mensal variava entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, podendo aumentar em casos que deixassem rastros ou evidências.
Havia diversas denúncias sobre um suposto acordo entre a Delegacia de Homicídios da Capital e a contravenção para encobrir a verdadeira autoria e motivação dos homicídios relacionados à contravenção. O juiz Bruno Rulière já havia destacado a demora nas investigações de crimes ligados ao jogo do bicho, criticando a atuação da polícia.
Entre as mortes citadas também estão as de Marcos Falcon, presidente da Portela, em 2016; do ex-policial André Luiz Barreto Serralho, no mesmo ano; Haylton Carlos Gomes Escafura, em 2017, e Marcelo Diotti da Matta, morto em 2018, no mesmo dia que Marielle e Anderson.
O que esta faltando no brasil e o ministerio da propina. Regulariza logo essa bosta! As coisas so funcionam se rolar dinheiro. Vergonhoso!!!!!