Por 15 votos a 1, o Conselho de Ética da Câmara recomendou ao plenário a cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido). Ele é réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
A decisão do colegiado, nesta quarta-feira (28), seguiu o entendimento da relatora do caso, Jack Rocha (PT-ES). Ela afirmou que a conduta de Brazão atinge a imagem da Câmara dos Deputados e é incompatível com o decoro parlamentar. O único deputado a votar pela manutenção do mandato do colega foi Gutemberg Reis (MDB-RJ). O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) se absteve.
A defesa do deputado ainda poderá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A votação do caso na CCJ pode ficar para segunda semana de setembro.
No plenário, para que Chiquinho perca o mandato, a recomendação do Conselho de Ética precisa ser aprovada por, no mínimo, 257 dos 513 deputados.
‘Amigo de Marielle’
Brazão falou na sessão desta quarta (28) por videoconferência, e garantiu ser “totalmente inocente” e que Marielle era “comprovadamente” sua amiga.
“É só ver nas filmagens. Éramos parceiros e 90% da minha votação coincidiu com a dela. Votávamos juntos”, disse Chiquinho Brazão, que está preso na penitenciária de segurança máxima em Campo Grande (MS)