Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), demonstrou seu apoio, em sessão desta quinta-feira (14), aos deputados Arthur Monteiro (União Brasil) e Carlos Minc (PSB), em razão de situações ocorridas na última semana no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Na ocasião, Bacellar repudiou a proibição denunciada por Minc, que foi impedido de participar de um evento oficial do município, e também se solidarizou com Arthur Monteiro, que alega que a prefeitura retirou o nome de sua mãe da nova Unidade básica de saúde (UBS) do Centenário.
“O mandato da gente tem que ser respeitado. Vocês sabem que, na qualidade de presidente, eu primo e respeito todos os lados da Casa, independente de ideologia partidária”, afirmou Bacellar.
Quintal de Washington Reis
O município de Duque de Caxias é conhecido como a terra de Washington Reis (MDB), ex-secretário estadual de Transportes, que foi exonerado justamente por Bacellar quando este exercia o cargo de governador, gerando grande repercussão na política fluminense. Atualmente, a cidade está sob o comando do sobrinho de Washington, o prefeito Netinho Reis (MDB).
A denúncia de Carlos Minc foi feita em sessão no último dia 8. Ele afirmou ter sido desconvidado de uma cerimônia oficial que celebraria a renomeação da Estrada do Amapá para Estrada Padre Bruno, uma lei de sua autoria aprovada pela Alerj em homenagem ao missionário Luigi Costanzo Bruno.
CCJ emite moção de repúdio
Segundo Minc, o padre Renato, da diocese local, ligou pedindo que ele não comparecesse ao ato principal, alegando que a família Reis não queria sua presença. O caso levou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj a emitir uma moção de repúdio contra a Prefeitura de Duque de Caxias nesta quarta-feira (13).
Diante disso, Bacellar destacou a importância de Minc como parlamentar e reafirmou seu apoio:
“O senhor ser impedido de participar de um evento, em que o senhor mesmo foi autor da lei que deu origem a ele, por conta de disputa política, me dá o direito e o dever de defendê-lo”
‘Perseguição’
Arthur Monteiro denunciou que a Prefeitura de Duque de Caxias retirou o nome de sua mãe, Maria Helena Monteiro, da nova UBS do Centenário. Ele classificou a ação como um ato de perseguição e covardia, destacando o desrespeito à memória de sua mãe, professora que morreu no ano passado, vítima de câncer.
Bacellar repudiou a atitude, afirmando que a mãe de Arthur Monteiro foi desonrada de maneira covarde e abusiva e que quem age assim não tem caráter nem condições de ser respeitado como ser humano:
“E o homem, quando quer brigar e quer enfrentar alguém, tem que ser homem de fazer isso de frente. Mas aquele que usa o atributo de desonrar ou desrespeitar a mãe do outro mostra que não tem escrúpulo, não tem caráter e condição alguma de sequer ser respeitado como ser humano”, finalizou Bacellar.
Segundo Monteiro, a prefeitura justificou a medida por “questões de identidade visual”, mas o parlamentar contestou, apontando a falta de credibilidade do argumento: o nome da mãe dele já estava exposto há três semanas, e isso representa um custo para os cofres públicos.