A saída de Washington Quaquá (PT), eleito prefeito de Maricá, não é a garantia de que Áureo Ribeiro (Solidariedade) vá continuar na coordenação da bancada fluminense no Congresso Nacional. Um grupo já começa a se mobilizar para recolher assinaturas em favor de Juninho do Pneu (União Brasil).
Desde 2023, Áureo consta, oficialmente, como o líder da galera do Rio. Quaquá desistiu da disputa em cima da hora. Mas, a bancada resolveu instituir um colegiado informal, incluindo também Quaquá, Laura Carneiro (PSD) e Jandira Feghali (PCdoB) na liderança.
A verdade é que, tanto de fato, como de direito, a coordenação funcionou muito mais nas questões burocráticas — como, por exemplo, na liberação das emendas. Mas quando se fala nos problemas do estado, dá para dizer que a bancada só se mostrou unida, de verdade, na votação do programa de renegociação das dívidas dos estados, o Propag.
“No restante, foi cada um por si — e por seu próprio umbigo”, diz um dos nobres federais fluminenses.
O atual coordenador diz que sempre há novos interessados no cargo. E reconhece ser difícil ter a bancada, unida, em torno dos mesmos projetos.
“É assim mesmo, sempre tem candidatos. E é bom, isso. Mas somos uma bancada bem heterogênea, temos aqui o berço do bolsonarismo, e integrantes do partido de esquerda. Ou seja, é difícil conciliar os interesses”, diz Áureo, lembrando que ele está na base do governo Cláudio Castro e também do governo Lula, ou seja, consegue transitar em todos os campos.