A Comissão Especial das Favelas da Câmara do Rio vai realizar, no dia 22 de agosto, às 10h, sua primeira audiência pública para discutir os desafios relacionados à identidade cultural das favelas cariocas, incluindo questões sobre a percepção de criminalização do funk e de seus artistas.
Proposto pelo vereador Leonel de Esquerda (PT), o evento contará com a presença de artistas do gênero e homenagens a personalidades como Duda do Borel, Devilzinha, Menor do Chapa, MT e Urubuzinho. Para Leonel, esses artistas são referência para os jovens e fortalecem o sentimento de pertencimento nas comunidades.
“O funk leva a história e a visão de mundo da juventude periférica para todos os lugares. Mostra a realidade sem filtros, e isso não pode ser considerado crime”, afirma o parlamentar.
Durante a audiência, Leonel de Esquerda também vai defender a aprovação do projeto de lei de sua autoria que cria o Programa Poze do Rodo, inspirado no funkeiro carioca de mesmo nome. O artista chegou a ser preso em maio deste ano sob acusação de apologia ao crime, entre outras, mas foi liberado posteriormente.
Segundo o parlamentar, o projeto é inspirado na trajetória do cantor, que, após deixar o crime, tornou-se um dos principais artistas do país. A iniciativa prevê a reinserção social de ex-detentos por meio da arte, com parcerias, capacitação e orientação jurídica intermediadas pela prefeitura.
“É um convite para investirmos nas pessoas. A sociedade não pode continuar tratando todo egresso como caso perdido. Precisamos fortalecer políticas públicas que gerem oportunidades”, ressalta o parlamentar.
A esquerda só pensa em voto, e não no bem estar das pessoas que residem nas comunidades. Tem que criminalizar sim as letras e os artistas que fazem apologia ao crime e a violência, todas essas letras são discursos de ódio, se falar em pegar em armas, resistir ao Estado, incentivar a violência e atos obscenos, devem sim responder criminalmente por isso. Sou dá época que funk falava de amor e mostrava a realidade das comunidades, não essa apologia ao narcotráfico e terrorismo doméstico. Tomara que as pessoas que participarem tenham essa consciência, Pois esse vereador não está preocupado com isso.