No século XIX, ela era uma cortesã. Hoje, talvez dissessem: “tava no job, por Pix”. Em “La Traviata”, que a Companhia de Ópera da Lapa encena dias 27 e 28 de junho na Sala Cecília Meireles, Violetta se apaixona, larga tudo por amor — e morre. De tuberculose. De tristeza. E de julgamento.
Baseada em A Dama das Camélias, a ópera gira em torno da antiga linguagem das flores, um código secreto dos apaixonados: rosa vermelha era desejo, branca pureza, amarela… ciúme. Dois séculos depois, o romantismo resiste. No Rio, a floricultura Camélia Flores registrou aumento de 20% nas vendas no Dia dos Namorados.
Hoje, Violetta talvez morresse de covid. Ou de ansiedade e Burn Out. Ou de um amor que não pode dizer seu nome. No palco, ela canta “Sempre libera”. Fora dele, seguimos tentando. Afinal, no amor — e no preconceito — certas coisas ainda não mudaram.
‘La Traviata’ é baseada em clássico da literatura
No mês dos Namorados e da Bienal do Livro, a Companhia de Ópera da Lapa encena uma ópera baseada no clássico da literatura, “Dama das Camélias”, de Alexandre Dumas Filho, que fala sobre romance e sedução através do código secreto da linguagem das flores: “La Traviata”, de Verdi, dias 27 e 28 de junho, na Sala Cecilia Meirelles, com a Companhia de Ópera da Lapa. Valor do ingresso varia de R$ 20 a R$ 40.