A Prefeitura do Rio assinou, na tarde desta quarta-feira (17), o contrato de concessão do sistema de transporte aquaviário de passageiros na região da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá. A empresa vencedora da licitação vai começar a obra pela Lagoa da Tijuca e, de acordo com o “Bom dia Rio”, da TV Globo, tem o prazo de um ano para começar a operação. O valor das tarifas, de acordo com o contrato assinado, deve ser o equivalente aos demais transportes municipais.
O sistema terá quatro linhas (Jacarepaguá, Lagoa da Tijuca, Joatinga e Marapendi). As estação serão equipadas com painéis, que informarão os horários das viagens e o número de assentos disponíveis em cada embarcação. O valor total do contrato é de R$ 101 milhões.

A assinatura do contrato foi comemorada pelo presidente da Câmara do Rio, Carlo Caiado (PSD) — que, há anos, luta pela implantação da modalidade aquaviária na região.
“O transporte marítimo na Barra e em Jacarepaguá vai mudar a vida de milhares de moradores e trabalhadores. Essa é uma luta antiga. Há mais de 10 anos aprovamos uma lei para garantir que o sistema lagunar fosse usado da melhor forma possível, desafogando o trânsito da região e facilitando a vida das pessoas. Agora, ver esse projeto sair do papel e virar realidade é uma grande conquista para a cidade”, afirmou Caiado.
Os números do novo transporte aquaviário
É estimado que 16% da população do município do Rio de Janeiro resida na área de influência da Barra da Tijuca, Recreio, Jacarepaguá e adjacências, conforme dados do censo de 2020. Jacarepaguá, aliás, é considerado hoje o bairro mais populoso de todo o município. Estes dados, aliados ao cenário de engarrafamento na região e as projeções para os próximos anos, foram apresentados como justificativa para o projeto de implantação do transporte aquaviário.
“A exploração sustentável desta modalidade de transporte em uma cidade que vem expandindo sua malha viária e metroviária, quer seja de asfalto (BRTs, BRS), quer seja de trilho (neste caso o metrô até a Barra), reordena o transporte alternativo, refletindo em melhoria na solução em transporte público existente disponível para a população exponencialmente crescente na região”, explicou a prefeitura.
Com uma demanda estimada de mais de 81 mil passageiros por dia útil, o futuro concessionário explorará o sistema a ser implantado por 25 anos e deverá construir e operar cinco terminais obrigatórios conectando as regiões do Metrô Jardim Oceânico, Linha Amarela, Rio das Pedras, Muzema e Gardênia, podendo, além disso, sugerir a construção de novos pontos de embarques e desembarques de passageiros.
Duas tentativas anteriores foram frustradas
A Prefeitura do Rio tentou, antes, duas licitações para a implantação do transporte aquaviário nas lagoas da Barra, em Jacarepaguá e no Recreio dos Bandeirantes. Nas duas ocasiões, o processo terminou sem interessados, ou seja, a licitação foi considerada deserta.
A proposta original consistia em criar 16 linhas, com expectativa de transportar 90 mil passageiros por dia. O valor do investimento privado é de R$ 95,3 milhões, com operação e manutenção ao longo de 25 anos de concessão. Na ocasião, a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) informou que a expectativa da companhia era ”republicar o edital de licitação”.
Foi o que aconteceu — e, pelo visto, com o projeto redimensionado.


Tardio, mas útil.
Há mais de 20 anos, durante o governo de César Maia, enviei à Prefeitura um projeto — com cópia para a Câmara Municipal — sobre o aproveitamento das lagoas. Infelizmente, na época, não houve qualquer atenção ao tema.
Agora, fico feliz em ver este projeto finalmente sair do papel. Será de grande utilidade para os cariocas e para os turistas que nos visitam.
Se o crime não intervir, ou melhor continuar dominando esses territórios o sucesso pode ser comprometido….e que representação ruim é errônea no mapa apresentado a Joatinga mudou de lugar e ponto final não está no Jardim Oceânico.
Meu projeto final de arquitetura no ano de 1998 foi a ligação hidroviária entre Barra e Jacarepaguá com a utilização de hovercrafts. Podiam também construir pontes mais altas no acesso da Barra ao Itanhangá de forma que os barcos possam passar por baixo e chegar à Barrinha.
Vai acabar de acabar com as lagoas. Impressionante como tudo passa nesta cidade em termos de violação de APA’s.
Impressionante a falta de estratégia desta gestão e vereadores, ao invés de jogar toda a energia em despoluir o complexo lagunar, podendo criar um belíssimo parque, gerando empregos, qualidade de vida, melhorando o bem estar destes animais, aumentando invlusi a fauna tão sofrida preferem usa-la como meio de transporte, exploração total! Sabe o que vai acontecer? A lagoa morrerá! Os animais serão expulsos, mortos e não mais existirão. Parabéns aos exploradores que só pensam em ganhar dinheiro e não pensam na nossa maior riqueza que e a nossa natureza. Lamentável. É só destruição.
Só sai se fizerem o desassoreamento e limpeza das lagoas, coisa que eu acho muito difícil. Se os barcos forem movidos com motores a combustão, o negócio financeiramente não para em pé.
O mesmo deveria ser aplicado nos municípios da Baia de Guanabara.