O número de cariocas desempregados despencou 52% nos últimos quatro anos, caindo de 539,8 mil, no quarto trimestre de 2020, para 255,6 mil, no final de 2024.
O levantamento feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura do Rio, mostrou que a taxa de desemprego recuou, nesse período, 9,3 pontos percentuais, alcançando 6,9% no quarto trimestre de 2024 – o menor patamar dos últimos nove anos. No mesmo intervalo, o número de pessoas ocupadas, formais e informais, cresceu em 641,6 mil, totalizando 3,4 milhões de trabalhadores na cidade.
Na média anual, a taxa de desemprego em 2024 foi de 8%, uma queda de 7 pontos percentuais em relação a 2020, quando chegou a 15%. A estimativa da prefeitura é que esse índice fique em torno de 7% em 2025, uma redução de 1 ponto percentual em relação ao ano anterior.
Número de pessoas em situação vulnerável cai quase pela metade
Entre o quarto trimestre de 2020 e o mesmo período de 2024, o número de pessoas em situação vulnerável na cidade do Rio caiu 46,8%, passando de 798,9 mil pessoas para 452,2 mil, o que representou uma redução de 373,3 mil cariocas. O levantamento considera como vulneráveis os indivíduos desocupados, subocupados, desalentados e indisponíveis para o trabalho.
Números do Rio em relação ao Brasil
No quarto trimestre de 2020, a taxa nacional de desemprego era de 14,2%, enquanto a taxa da capital fluminense alcançava 16,2%: uma diferença de 2 pontos percentuais. Já na média do período entre 2021 e 2024, essa diferença caiu para 1,1 ponto percentual. No fim de 2024, a distância entre os índices foi ainda menor: apenas 0,7 ponto percentual, com o Brasil registrando 6,2% de desemprego e o Rio, 6,9%.
Número de desempregados diminui, e de empregos formais aumenta
O Rio também teve bom desempenho na geração de empregos formais. Com base nos dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, houve uma geração de 351,1 mil novos empregos formais entre de janeiro de 2021 e abril de 2025.
O levantamento mostra que a capital foi responsável por quase a metade (49,5%) de todas as vagas formais criadas no estado do Rio de Janeiro, no período. Além disso, o município respondeu por 4% dos 8,8 milhões de novos postos de trabalho gerados no país. O estoque atual de trabalhadores formais na cidade chega a 2,1 milhões.
O setor de serviços liderou a geração de empregos, com 73,6% das novas vagas. Em seguida, vêm a construção civil (10,4%), o comércio (10,2%) e a indústria (5,7%). O perfil das contratações indica forte presença de jovens no mercado de trabalho: cerca de 80% dos novos empregos foram ocupados por pessoas entre 18 e 29 anos.
Também se destaca a participação equilibrada entre os gêneros: 52,6% das novas vagas foram ocupadas por homens e 47,4% por mulheres. A análise por escolaridade mostra a predominância de trabalhadores com Ensino Médio completo (82%).
Microempresas lideram geração de postos de trabalho
As microempresas foram as principais responsáveis pela criação de novos postos de trabalho na cidade do Rio de Janeiro, respondendo por 71,5% das contratações no período analisado. As grandes empresas contribuíram com 25,7% das vagas, enquanto as médias responderam por 4,5%. Já as pequenas empresas apresentaram saldo negativo, com a eliminação de seis mil postos de trabalho.
Segundo a SMDE, os levantamentos reforçam a tendência de recuperação e expansão da economia carioca, impulsionada por políticas públicas voltadas à geração de emprego, incentivo ao empreendedorismo e qualificação profissional.
O detalhamento completo está disponível no Estudo Especial “Mercado de Trabalho no Rio (2021-2024)” e na sexta edição do Boletim Econômico do Rio, publicados no Observatório Econômico do Rio.