O jornalista e escritor Cícero Sandroni morreu, na manhã desta terça-feira (17), aos 90 anos. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual era membro desde 2003 e que presidiu entre 2008 e 2009.
Segundo a ABL, Sandroni teve um choque séptico causado por infecção urinária e morreu em casa, no bairro do Cosme Velho, na Zona Sul do Rio. O velório será realizado nesta quarta-feira (18), na sede da ABL.
Nascido em São Paulo em 26 de fevereiro de 1935, Sandroni teve uma longa e respeitada trajetória no jornalismo. Iniciou a carreira em 1954 na Tribuna da Imprensa e atuou em veículos como Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo, com destaque na cobertura de política internacional. Também foi autor de diversos livros, entre eles O Diabo só chega ao meio-dia, e colaborador com resenhas em jornais e revistas.
Em abril de 1960, integrou a equipe que cobriu a inauguração de Brasília e, posteriormente, foi convidado a assumir a Secretaria de Imprensa da Prefeitura do Distrito Federal. No campo editorial, fundou a gráfica responsável pelas primeiras edições da revista Ficção e criou a editora Edinova, voltada à literatura latino-americana e ao nouveau roman francês.
Sandroni era casado com Laura Constância de Athayde Sandroni. Deixa cinco filhos — Carlos, Clara, Eduardo, Luciana e Paula — e um neto.