O deputado estadual Fábio Silva (União), que teve o diploma cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na tarde desta quinta-feira (01), disse que a ação que contestou a sua eleição teve um “caráter muito estranho, o que sugere claramente uma atuação do ex-deputado Eduardo Cunha”, com quem teve divergências políticas no passado.
Curiosamente, o Ministério Público havia se manifestado contra a cassação. A decisão não tem efeito imediato e ainda cabe recurso ao próprio TRE e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre as estranhezas listadas por Silva estaria o porte do renomado escritório de advocacia que entrou com a ação, o que não combinaria com o perfil dos dois candidatos do PRTB que assinaram a acusação — e que não se beneficiaram com a decisão.
O deputado disse que vai recorrer da decisão no âmbito do próprio TRE, através de embargos de declaração, “tendo em vista que o advogado de defesa não teve uma ação devidamente clara e não colocou todos os elementos que me indicavam inocente“.
“Tenho toda a confiança na Justiça Eleitoral, pois, como aponta o próprio parecer do Ministério Público, não cometi qualquer crime. Tenho certeza que, dentro do devido processo legal, essa decisão será revertida”, disse Silva.