Enquanto a Prefeitura do Rio corre contra o relógio para aprovar o projeto de lei complementar que vai regulamentar o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal — que agora já está previsto na Lei Orgânica do Município — a oposição tenta atrasar os ponteiros e ganhar tempo.
O vereador Paulo Messina (PL), matemático e estrategista experiente, fez as contas e acredita que mais de um terço dos parlamentares não estão satisfeitos com a mensagem do prefeito Eduardo Paes (PSD). Ele conta com esse desagrado para juntar uma turma em apoio às emendas da oposição — como, por exemplo, a que exclui a permissão para contratação de agentes temporários.
Mobilização da Guarda é a saída para pressionar a Câmara
Como o governo tem maioria, apenas votar contra não é a melhor estratégia para a oposição. Facilmente, os apoiadores de Paes chegariam aos 26 votos necessários à aprovação.
Também não adianta dar parecer contrário nas comissões. O importante é conseguir mobilizar a categoria e apresentar emendas na Câmara. Com os guardas municipais nos calcanhares, vereadores de oposição e independentes não vão arriscar fazer feio com os servidores.
“Tenho certeza de que vamos conseguir os apoios necessários para as emendas, porque os vereadores que se declararam contra o projeto não vão querer que a guarda entenda que estão acendendo uma vela pra Deus e outra para o diabo”, explica Messina.