A ópera gótica apresentada por Lady Gaga na Praia de Copacabana, na noite deste sábado (3), reuniu cerca de 2,1 milhões de pessoas, segundo os cálculos da Prefeitura do Rio. A marca superou o público do megashow de Madonna no ano passado, que contou com 1,6 milhão de fãs. Com céu limpo e sol durante o dia, o clima colaborou para que a multidão ocupasse a orla desde cedo para ver a estrela pop de perto.
Lady Gaga trouxe a turnê do disco “Mayhem” para o Rio. O show foi dividido em cinco atos, com várias trocas de roupa e um cenário que lembra uma peça de teatro. A cantora fez um discurso emocionado e agradeceu ao brasileiro por esperar tanto tempo para revê-la — em referência ao cancelamento da participação no Rock in Rio 2017, quando estava fortes dores causadas por fibromialgia.
“Eu amo vocês. Agradeço por esperarem. Agradeço por me receberem de volta com tanta gentileza e de braços abertos. Hoje à noite, eu quero ajudá-los a brilhar. Quero que o mundo veja o quão grande é o coração de vocês e que se inspire no seu espírito”, disse, em carta lida por um tradutor.
E parece que o mundo viu mesmo o tamanho e o sucesso do mega evento. A imprensa internacional repercutiu com expressões como “momento de alegria absoluta”, “atmosfera eletrizante” e “maior show da carreira”, usadas por jornais ao redor do mundo.
Os pontos baixos na festa de Lady Gaga
Nem tudo foi sucesso e elogio na festa que encantou o planeta.
Houve momentos de caos e pânico na volta para casa, depois da apresentação. A entrada da estação do metrô da Siqueira Campos ficou superlotada com a saída simultânea de mais de 2,1 milhões de pessoas, gerando tumulto, desmaios e uso de spray de pimenta pela Guarda Municipal.
Nas redes sociais, internautas relataram desorganização no esquema de evacuação montado pela prefeitura. Apenas uma entrada estava liberada para acesso ao metrô, e ruas próximas ao local não foram fechadas para facilitar a dispersão da multidão. A hashtag com o nome da estação foi um dos tópicos mais comentados no X, com descrições do caos e insegurança.
Como o Ministério Público havia previsto, também não funcionou o acesso à área destinada a pessoas com deficiência (PCDs). Antes do show, a área chegou a ser invadida e a organização teve retirar quem entrou indevidamente. O espaço foi até danificado, mas foi arrumado a tempo. Mais próximo ao horário do show, porém, a multidão simplesmente não deixou os PCDs, inclusive cadeirantes, passarem. Nem os bombeiros, nem a polícia, conseguiram ajudar.