A Estação Gávea do metrô jamais recebeu um único passageiro. Se nenhum cidadão até hoje pôde usar a estrutura, cujas previsões para conclusão das obras nunca se cumpriram, os custos aos cofres do governo estadual crescem a galope. A Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado (RioTrilhos) publicou aviso de uma licitação estimada em quase R$ 60 milhões apenas para fiscalização e análise de projetos relacionados à estação.
O objeto da contratação é a seleção de empresa ou consórcio de empresas especializadas para a prestação de serviços especiais de engenharia relacionadas à análise de projetos, gestão social e ambiental, gerenciamento, supervisão e fiscalização de obras civis e de sistemas para a conclusão da Gávea Oeste, estabilização geométrica da estação Gávea Sul e seu entorno.
Além disso, a vencedora deverá a dar suporte técnico necessário à atribuição da RioTrilhos de de conduzir e fiscalizar a adequada execução dos serviços prestados pela empresa construtora da Estação Gávea. O valor estimado para preço onerado é de R$ 56.877.965,77 e para preço desonerado é de R$ 59.770.066,22.
TAC para retomada da obra da Estação Gávea
Em setembro do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) aprovou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para a retomada das obras da estação Gávea do metrô do Rio de Janeiro. Os trabalhos estão paralisados desde 2015.
O TAC pretende conciliar os interesses do estado, do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Contas e das concessionárias.
O Metrô Rio, em troca da prorrogação da concessão por mais dez anos e de sua unificação (das três linhas do metrô – 1,2 e 4 – a empresa só possui a concessão das duas primeiras), arcará com os custos da obra, cujo limite estipulado é até R$ 600 milhões. Ultrapassando esse teto, o estado assumirá o comando.
A estação Gávea deveria fazer parte da Linha 4 do metrô (Ipanema – Barra). A data de entrega inicial do empreendimento coincidiria com as Olímpiadas de 2016.

Por FÁBIO MARTINS e VÍTOR D’AVILA