Duas pessoas presas em Copacabana, na Zona Sul do Rio, após terem sido identificadas pela Polícia Militar por câmeras de reconhecimento facial foram soltas, nesta quinta-feira (04), diante da constatação de que o mandado de prisão contra elas estava inválido. Num investimento de R$ 18 milhões do Governo do Estado, os equipamentos foram instalados, no réveillon, na orla de Copacabana e na Barra da Tijuca, e devem ser usados no Sambódromo durante o carnaval 2024.
O primeiro caso foi de Josiete Pereira do Carmo, detida na quarta-feira (03), depois de as câmeras captarem sua imagem andando no calçadão e o sistema identificar um mandado de prisão por roubo e formação de quadrilha. Ela foi levada para a 12ª DP (Copacabana), onde os policiais verificaram, na Vara de Execuções Penais, que a ordem de 2012 estava erroneamente no sistema. A mulher já tinha pagado multa e está cumprindo a pena.
“Muitos mandados ficam constando nos bancos de dados mesmo depois de isso não ser mais devido. O banco não é 100% confiável”, comentou Isabel Schprejer, a defensora pública que assistiu a mulher .
Já o argentino Silvio Gabriel Juarez, preso na terça-feira (02), foi solto na audiência de custódia porque verificaram que sua condenação foi extinta e um alvará de soltura já tinha sido emitido em nome dele em 2020.
O sistema
As câmeras captam rostos e placas de veículos, e enviam as imagens para o carro-comando e para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Um programa confere o banco de mandados de prisão e apreensão, ou identifica se o veículo é roubado. Quando há suspeita de irregularidade, o sistema emite um alerta e as equipes vão checar a ocorrência.
Pela análise facial, até o dia 4 de janeiro, quatro pessoas tinham sido conduzidas para delegacias – sendo a primeira na virada do ano. A tecnologia será usada também em vias expressas, túneis e no entorno do sambódromo. A expectativa é que as Linhas Vermelha e Amarela recebam os dispositivos até o fim do primeiro semestre.