Servidores da Prefeitura de Maricá, sejam concursados ou comissionados, denunciam o atraso no auxílio alimentação — pago através da moeda social local, a Mumbuca. Para piorar a insatisfação generalizada, o benefício será cortado para os funcionários que recebem mais de R$ 7,5 mil.
A tesoura, porém, não atinge um grupo seleto: os procuradores do município.
A proposta de corte foi apresentada pelo prefeito Washington Quaquá (PT) e aprovada pela Câmara de Vereadores, em sessão extraordinária no último dia 23. O projeto muda o teto de faixa salarial dos beneficiários — que passa a ser, agora, de R$ 7.590,00. Antes, todos os servidores recebiam o auxílio, de forma proporcional à carga horária.
O clima de insatisfação vem, também, da falta de informação. Mesmo antes de a proposta passar pela Câmara, os benefícios, pagos sempre até o dia 10 de cada mês, não deram as caras. E mesmo quem se encaixa nos novos critérios, reclama de atrasos no pagamento.
A justificativa da prefeitura é a reorganização do orçamento e a redistribuição de recursos, que demandaram um ajuste dos gastos.
Corte do benefício não atingiu todas as categorias em Maricá
Segundo publicação no Diário Oficial do último dia 29 de janeiro, o procurador-geral, o subprocurador e os procuradores do município seguem recebendo auxílio refeição e alimentação, ainda que seus salários superem o novo teto.
O que diz a Prefeitura de Maricá
Em nota, a administração municipal confirmou que o auxílio alimentação será pago somente para servidores públicos cuja remuneração seja de até R$ 7.590,00. A previsão de crédito, segundo a Secretaria de Planejamento, Contabilidade e Finanças de Maricá, é na próxima semana.
“É importante frisar que o auxílio alimentação é um benefício de caráter indenizatório, não se incorporando aos vencimentos do servidor. Pago em Moeda Social Mumbuca, como forma de estímulo à economia local, o auxílio alimentação no valor de R$ 650 será pago em observância aos critérios estabelecidos pela legislação aprovada”, diz a nota oficial.
Mas, mesmo perguntada, a prefeitura não se manifestou sobre o pagamento do auxílio ao procurador-geral, subprocurador e aos procuradores do município.