A escritora Marina Colasanti morreu nesta terça-feira (28), aos 87 anos, no Rio de Janeiro. O corpo será velado no salão nobre da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, na manhã de quarta-feira (29), em cerimônia restrita a parentes e amigos. A causa da morte não foi divulgada. Marina Colasanti era casada com o poeta Affonso Romano de Sant’Anna e deixa duas filhas.
A autora escreveu mais de 70 livros adultos e infantojuvenis e recebeu diversos prêmios por suas produções, incluindo o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras. No ano passado, foi homenageada como personalidade literária pelo Prêmio Jabuti. Seu primeiro livro, Eu Sozinha, foi publicado em 1968. Em 2017, foi lançada sua última obra: Tudo Tem Princípio e Fim.
Nascida na cidade de Asmara, então capital da Eritréia, a escritora também viveu na Líbia e na Itália, antes de emigrar com a família para o Rio de Janeiro na década de 40. Marina fazia parte de uma família de escritores e artistas e estudou na Escola Nacional de Belas Artes. Além de escrever, também ilustrou muitas de suas obras.
Ela trabalhou no “Jornal do Brasil” e na Editora Abril e continuou colaborando como colunista e cronista para diversos veículos ao longo de sua carreira. Também apresentou programas na extinta TVE e traduziu diversas obras italianas para o português.
Marina se declarava feminista e foi uma das integrantes do primeiro Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Muitos de seus livros refletem sobre o lugar da mulher na sociedade e trazem protagonistas femininas.
Com Agência Brasil.