Para os moradores da Ilha de Paquetá, os quatro cavaleiros do apocalipse atendem por “Gávea I”, “Ingá II”, “Urca III” e “Neves V”: as quatro barcas sem ar-condicionado que atendem à localidade. O problema vem sendo potencializado nos últimos dias, quando temperaturas acima dos 35°C atingem o Rio de Janeiro.
Segundo passageiros que usam diariamente o serviço, em direção à Praça Quinze, basta ver uma dessas quatro embarcações se aproximar da estação para ter a certeza de que virá pela frente 1h10 de sofrimento. Isto quando as viagens não atrasam, o que, também de acordo com os relatos, é um problema constante.
De acordo com os usuários, nos últimos dias, os catamarãs refrigerados têm sido menos vistos na linha. Por outro lado, as barcas modelo HC18, sem ar, se tornaram mais frequentes. Moradora de Paquetá, a jornalista Edna Rodrigues demonstrou indignação com a situação e pediu por providências.
“A CCR continua a demonstrar seu desrespeito pelos moradores, cidadãos e trabalhadores residentes em Paquetá. Barcas sem ar-condicionado e atrasos constantes. A mesma bagunça de sempre para as pessoas que precisam pegar a barca no horário de trabalho”, disse.
Caso recorrente
O mesmo tipo de reclamação tem acontecido na linha entre a Praça Quinze e a Praça Arariboia, em Niterói. Na manhã desta terça-feira (21), passageiros que embarcaram para a capital, por volta das 10h30, foram surpreendidos ao terem de ir na barca Urca III, sem ar-condicionado, enquanto a barca Pão de Açúcar, refrigerada, estava parada no atracadouro.
O TEMPO REAL procurou a CCR e questionou a concessionária sobre o problema, mas, até a publicação deste texto, não havia sido encaminhada resposta. A partir de fevereiro, empresa deixará o serviço, que será operado pela BK Consultoria, vencedora da licitação de R$ 1,9 bilhão. O contrato já foi assinado e o período de transição iniciado.