Uma das vozes mais marcantes da TV brasileira, Cid Moreira morreu, nesta quinta-feira (3), aos 97 anos. O jornalista estava internado em uma clínica em Petrópolis, Região Serrana do Rio, para tratar uma pneumonia. Ele havia feito aniversário na última sexta-feira (27).
De acordo com a plataforma Memória Globo, Cid apresentou o Jornal Nacional, maior noticiário televisivo do país, por cerca de oito mil vezes por 26 anos, entre 1969 e 1996, dando seu icônico “boa noite”. Após deixar o “JN”, passou a ser a voz oficial do Fantástico, aos domingos.
Contador por formação, Cid logo descobriu que a voz seria sue principal insturmento de trabalho. No final da década de 1940, começou a atuar em rádios locais de Taubaté até migrar para emissoras da capital paulista, como a Rádio Bandeirantes. Em 1951, mudou-se para o Rio e foi trabalhar na Rádio Mayrink Veiga.
Sua primeira experiência na televisão foi na TV Rio, como locutor de comerciais. Depois, integrou a equipe do Jornal de Vanguarda, que passou pelas emissoras Globo, Tupi e Excelsior. Em 1969, o retorno à Globo para a consagração maior: se tornar o primeiro âncora do Jornal Nacional, ao lado de Hilton Gomes.
A partir de 1971, Hilton deu lugar a Sérgio Chapelin na bancada que, ao lado de Cid, formou aquela que muitos consideram a maior dupla de apresentadores de telejornal de todos os tempos. Nos últimos anos de carreira, além do Fantástico, notabilizou-se por gravar a bíblia na íntegra, que foi um sucesso de vendas em todo o Brasil.