Terror de alguns candidatos, a Justiça Eleitoral acabou, ainda que sem querer, ajudando a mediar um conflito nas tradicionais famílias Rabha e Mascote, em Angra dos Reis, na Costa Verde.
Ao indeferir o registro de candidatura de Jorge Eduardo Rabha Mascote (PP) na chapa de Cláudio Ferreti na disputa pela prefeitura, a Justiça deixou o caminho livre para pais, tios e primos destinarem seus votos para o outro parente que está em uma chapa majoritária: o pastor Luís Gustavo (PRTB) — também Rabha Mascote e vice de Zé Augusto (Republicanos).
O terceiro irmão Luís Eduardo Rabha Mascote (PP) até chegou a ocupar o posto de vice de Ferreti por algumas horas. Mas, sem o aval do Progressistas, deu meia-volta e voltou a disputar uma vaga de vereador na Câmara Municipal — sem dividir votos com outro Rabha Mascote.
Pelo menos agora o racha familiar não afeta aqueles parentes que não querem ficar mal com ninguém.
Famílias tradicionais
Os três irmãos, na verdade, carregam os sobrenomes “de Britto Rabha” na certidão, mas usam o nome do pai, Mascote, na vida pública.
A família Rabha é tradicional de políticos na cidade, e já elegeu uma prefeita, em 2012. A professora e servidora pública estadual Maria da Conceição Caldas Rabha foi a primeira mulher a governar Angra dos Reis.
No mesmo ano, seu sobrinho Jorge Eduardo Rabha, que já tinha optado pelo Mascote, foi o vereador mais votado para a Câmara.