Em evento de campanha do vereador Carlo Caiado (PSD) no Recreio dos Bandeirantes, neste sábado (31), o prefeito Eduardo Paes (PSD) modulou o discurso para falar com um público que, em grande medida, votou em Jair Bolsonaro em 2022. Convidando os mais de mil presentes em uma casa de festas para “discutir o relacionamento” — ou “fazer uma DR”, como disse —, o prefeito destacou o perfil do eleitorado da região.
— A maioria das pessoas que mora aqui na Barra da Tijuca já tem plano de saúde, paga escola particular. Então, o que se espera da prefeitura é o asfalto estar liso, a Avenida das Américas estar capinada. E saber se o trabalhador consegue chegar rápido em casa, em vez de perder três horas no transporte público, como estava acontecendo — disse o prefeito, lembrando que ganhou seu primeiro mandato a vereador com a força do voto da Barra.
Embora tenha voltado a atacar o governo de Cláudio Castro (PL) e à segurança, associando o oponente Alexandre Ramagem (PL) ao grupo no poder do estado fluminense desde a posse de Wilson Witzel, Paes frisou que as críticas são dirigidas às políticas públicas, e não às pessoas. E fez o mesmo ao se referir a seu antecessor, frisando acreditar no caráter do ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).
— Precisamos acabar com esse “bem” e “mal” na política. Pessoas boas podem não ser gestores competentes — argumentou Paes, completando: — Infelizmente, em 2018, achamos um sujeito que representava uma determinada corrente política e achamos que tínhamos que reproduzi-la no Rio porque iríamos votar nacionalmente, olha o que fizemos. O meu pedido é para fazermos essa reflexão.
Caiado segue o ritmo ditado por Paes
O evento contou com a presença de empresários da Barra, do Recreio e da região das Vargens. Entre eles, Delair Dumbrosck, da Câmara Comunitária da Barra.
O presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD), seguiu a mesma linha ao defender a sua candidatura e a reeleição do prefeito.
— Não podemos dar chance para o amadorismo. Quem governa o Rio tem que entender da cidade, tem que estar presente. Eu nunca vi o Ramagem, um delegado, discutir a segurança pública desta região aqui, em nenhum lugar —, disse Caiado.