Os vereadores do Rio voltaram do recesso em 1° de agosto, no entanto, alguém mais distraído pode até achar que os nobres continuam de férias. É que, desde o início do mês, das nove sessões marcadas, seis caíram por falta de quórum e uma sequer abriu por não haver o mínimo de sete parlamentares presentes.
Embora a campanha eleitoral tenha começado oficialmente apenas em 16 de agosto, os vereadores já andavam com o pé no freio por preferir pautas mais “água com açúcar”. Na sessão do dia 13, o aguardado projeto para armar a Guarda Municipal até entrou na pauta pela 19ª vez, mas nem esquentou as discussões porque foi adiado.
Nas duas únicas sessões em que vereadores esgotaram a lista de projetos — as híbridas dos dias 14 e 21 — mais de 65% das propostas eram de inclusões de datas no calendário oficial, declaração de patrimônio ou utilidade pública, designação de nomes ou concessão de títulos de cidadão do Rio. Os poucos vetos que entraram também foram adiados.
E a maioria das propostas lidas e aprovadas forma quase na velocidade 2x do WhatsApp: “Os senhores vereadores que aprovam permaneçam como estão. Aprovado”.
O Palácio Pedro Ernesto anda tão vazio que, na última quinta-feira (22), nem o site da casa registrou os poucos parlamentares que apareceram por lá.
A sessão nem abriu.