Servidores do Banco Central do Brasil irão protestar, no dia 14 de agosto, pelo arquivamento da polêmica PEC 65, que estabelece autonomia financeira e orçamentária da instituição. O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) promoverá o ato, em frente ao Senado Federal.
Os servidores defendem a proposta do senador Jaques Wagner (PT-BA), que quer excluir a transformação do banco em empresa pública. O presidente do Sinal-RJ, Sergio Belsito, comentou sobre as pautas que serão abordadas no ato.
“O Senado já fez audiências públicas, já ouviu de uma série de especialistas, de economistas renomados, que a PEC é um equívoco, já sabe que quase 75% dos servidores repudiam por completo a ideia, que pelo visto só interessa ao Campos Neto, que é um presidente em fim de mandato”, disse.
A polêmica proposta vem se arrastando desde o primeiro semestre e a estratégia do governo é deixar a votação para o fim do ano, após a posse do novo presidente do Banco Central, para que este também tenha a oportunidade de opinar junto aos senadores.
“É uma estratégia no mínimo razoável para um debate público dessa magnitude. Há um presidente saindo, que defende uma ideia que só encontra acolhida numa parcela do mercado, mas não é ao mercado que o Banco Central deve servir, e sim ao estado brasileiro. Logo, é razoável que o novo presidente participe do debate”, completou Belsito.