O prefeito Eduardo Paes (PSD) rebateu, neste domingo (28), as críticas de representantes de outras religiões sobre a 2ª edição do Palco Gospel no réveillon 2026. Em suas redes sociais, Paes de todos os santos — do amém ao axé, do shalom ao namastê — classificou os comentários como “preconceito” e destacou que “Copacabana é de todos”.
‘O povo cristão também tem direito a celebrar’
“É impressionante o nível de preconceito dessa gente. O réveillon da Praia de Copacabana é de todos! A música gospel também pode ter seu lugar. Assim como o samba, o rock, o piseiro, o frevo, a música baiana, a MPB, a bossa nova… Cada um que fique no ritmo que mais curte! O povo cristão também tem direito a celebrar! Amém! Axé! Shalom! Namastê!”, escreveu o prefeito na rede X.

Sobre o Palco Gospel do réveillon 2026
O também chamado Palco Leme está entre as 13 estruturas que serão espalhadas pela cidade durante o réveillon, sendo quatro na Zona Sul. Ao todo, haverá cinco atrações do universo evangélico, a partir das 19h: DJ Marcelo Araújo, Midian Lima, Samuel Messias, Thalles Roberto e Grupo Marcados.

Os sucessivos acenos de Paes ao eleitorado evangélico
As críticas à iniciativa, porém, não são novas.
No ano passado, na estreia do Palco Gospel, Paes já havia recebido comentários semelhantes de outros movimentos religiosos, principalmente após uma sequência de acenos aos evangélicos em 2025. O mais recente foi a inauguração do primeiro batistério público do Rio, na praça onde nasceu a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
Os movimentos são tantos que, neste ano, o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap) protocolou uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra Paes, acusando-o de favorecer de forma desproporcional o público evangélico. Cabe destacar que esse grupo também teve grande influência em sua reeleição em 2024.

