Pequena, mas organizada, a oposição ao prefeito Eduardo Paes (PSD), feita por vereadores do PL, comemorou o anúncio do alcaide em mudar o projeto de criação da Força Municipal de Segurança. Agora, o prefeito vai transformar a própria Guarda Municipal na estrutura que tanto queria.
A barulhenta bancada do PL ainda contou com apoio de parte da base do próprio governo, que estava insatisfeita com o projeto original enviado pelo executivo. O recuo foi anunciado por Paes na noite desta quinta-feira (6), nas redes sociais.
Para justificar a mudança, ele alegou que o projeto inicial foi formulado antes da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que garantiu às guardas municipais o poder de policiamento ostensivo e preventivo.
Desde o envio do projeto, em 13 de fevereiro, os vereadores do PL fizeram barulho contra o projeto, alegando que era “um desperdício de recursos e uma manobra política de Paes”. Rogério Amorim, líder da bancada, afirmou que o projeto era uma tentativa de esvaziar a Guarda Municipal.
“Sempre defendemos a Guarda armada e treinada, como acontece em várias cidades. Não aceitamos joguinhos eleitorais com a segurança do carioca”, afirmou Amorim.
Para líder do PL, projeto original era ‘um deboche’
Demais membros da bancada, Carlos Bolsonaro, Poubel, Messina, Armelau, Rafael Satiê e Diego Faro engrossaram o coro, cobrando explicações sobre os custos, a legalidade e a real necessidade de uma nova força.
“A Guarda já existe, tem estrutura e precisa ser fortalecida. Mas o prefeito achou que podia atropelar tudo e inventar moda. O projeto era um deboche, uma afronta à Guarda Municipal e ao carioca. Agora, teve que voltar atrás”, prosseguiu Amorim.
Com novo formato, a Guarda Municipal será convertida na Força Municipal de Segurança, com direito a uma divisão armada e um plano de expansão para 4.500 agentes até 2028. O novo texto será enviado à Câmara na próxima segunda-feira (10).