O vereador reeleito de Casimiro de Abreu, Pedro Gadelha (União), teve seu diploma cassado pela Justiça Eleitoral por compra de votos no dia da eleição, em 6 de outubro do ano passado. A decisão atende a pedido feito pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
De acordo com a 50ª Promotoria Eleitoral, a decisão determina que seja declarada a inelegibilidade de Pedro Gadelha e de seu assessor, Glauco Pereira da Penha, por oito anos. Ambos também foram condenados ao pagamento de multa.
A ação ajuizada pelo MPE relata que, no dia da eleição, a equipe de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) recebeu denúncia relatando que um homem em uma motocicleta branca estaria comprando votos no centro da cidade, pagando com valores em espécie.
Quando o suspeito ia até a moto, foi preso em flagrante pela equipe do TRE, em conjunto com o MPE, com R$ 2,4 mil e uma lista contendo nomes, número do título de eleitor, zona eleitoral e seção de votação de 14 eleitores, além de centenas de santinhos do candidato a vereador Pedro Gadelha.
“A captação ilícita de sufrágio é uma das facetas da corrupção eleitoral e pode ser resumida como um ato de compra de votos. Desse modo, a captação indevida de sufrágio se caracteriza como uma relação bilateral e personalizada entre o corruptor e o corrompido”, diz a sentença proferida pela Justiça Eleitoral. No documento, a 50ª Zona Eleitoral de Casimiro de Abreu salienta que a nulidade dos votos impossibilita seu aproveitamento pela legenda. “Os votos recebidos pelo candidato serão considerados nulos para todos os efeitos”, declara a decisão.
O político ainda pode recorrer.
Vereador de Casimiro de Abreu se manifesta
Em suas redes sociais, Pedro Gadelha disse que recebeu com surpresa, porém com tranquilidade a decisão em primeira instância. Afirmou estar empenhado junto com sua equipe na elaboração dos recursos cabíveis e que acredita na imparcialidade e sobriedade do TRE. Por fim, lamentou que os 1.088 votor que recebeu tenham sido considerados “irrelevantes para a decisão”.