O vereador de Belford Roxo Danielzinho (Republicanos) apresentou denúncia contra o deputado estadual e candidato a prefeito Marcio Canella (União), por “utilização indevida de arma de fogo com fins eleitorais”.
No documento protocolado na Superintendência da Polícia Federal na tarde desta quarta-feira (25), o parlamentar pede a imediata cassação do porte de arma de Canella, além de instauração de procedimento investigatório para apurar a atuação de grupo de milicianos com o intuito de coagir eleitores em Belford Roxo.
Danielzinho afirma que “é sabido na cidade que o grupo do candidato anda armado durante a campanha” e, como prova, mostra imagens de um vídeo que circulou nas redes sociais nesta semana. No print, Canella aparece com um objeto semelhante a uma arma na cintura. O vídeo foi deletado depois da repercussão.
O vereador argumenta que Canella viola as regras de porte de arma de fogo para defesa pessoal por conduzi-la ostensivamente em locais públicos, principalmente com aglomeração de pessoas. Danielzinho afirma ainda que o grupo do deputado é “amplamente conhecido pela população belforroxense como integrantes de milícia, ostentando, inclusive, diversas condenações, por organização criminosa, homicídio, extorsão, porte ilegal de arma de fogo e afins.
“A cassação do porte de arma é uma medida necessária a evitar verdadeira prática miliciana, uma vez que eleitores se sentem coagidos nos atos de campanha dele”, afirma Danielzinho, que é aliado ao prefeito Waguinho e faz oposição a Canella.
O TEMPO REAL entrou em contato com o deputado Márcio Canella para comentar a denúncia, mas ainda não obteve retorno. O espaço permanece aberto para o posicionamento do candidato.
Aliados indeferidos
A denúncia do vereador aponta ainda que Justiça Eleitoral barrou as candidaturas à reeleição de dois vereadores aliados de Canella, por suspeita de envolvimento com a milícia. São eles Eduardo Araújo (PL) e Fabinho Varandão (MDB).
Além disso, mostra matérias noticiando Canella aparecendo publicamente ao lado do chefe da milícia no Bairro Babi, conhecido como Kim do Babi, conforme amplamente noticiado pela mídia
nacional.
