O normalmente comedido líder do governo Eduardo Paes (PSD) na Câmara do Rio, Márcio Ribeiro (PSD), partiu para cima do PL — maior bancada de oposição — na sessão desta terça-feira (27). De quebra, ainda puxou a orelha de parlamentares da base que andaram ciscando no terreiro dos adversários na votação do projeto da Força de Segurança Municipal.
O discurso marca uma mudança de tom de Ribeiro.
“É para riscar o chão. Como é que o PL vem falar sobre segurança, tendo o comando do governo do estado há tantos anos? Eles que deixaram chegar ao ponto em que estamos”, provocou o líder, repetindo palavras recentemente usadas pelo presidente estadual do PSD, Pedro Paulo, ao dizer que é preciso separar, entre os supostamente governistas, quem está e quem não está com Paes.
Ajuda de governistas provocou a derrota de Paes
Nas últimas semanas, o governo Paes vem acumulando derrotas na tramitação do projeto de lei complementar (PLC). Primeiro, a oposição derrubou a votação, que seria na última quinta-feira (22), ao conseguir apresentar uma emenda à proposta — com a assinatura de quatro supostamente governistas.
Já na segunda-feira (26), em reunião virtual para o parecer conjunto, o presidente e o vice da Comissão de Trabalho, William Siri (PSOL) e Rick Azevedo (PSOL), pediram vistas, adiando a votação por, pelo menos, 14 dias. A Comissão de Segurança, presidida por Rogério Amorim (PL), não deu quórum na reunião.
“Acho uma brincadeira a gente ganhar uma aula de segurança vinda do PL. Ou eu não estou lembrando de qual partido é o governador do estado? A gente tem que encarar esse assunto com a seriedade que ele merece ou vamos acabar convencidos de tanta loucura que ouvimos nesse plenário. Quem vai pautar segurança na cidade vai ser o mesmo PL que acabou com a segurança no estado?”, provocou Ribeiro, momentos após fala de Rogério Amorim, líder do PL.
Líder cita a eleição de 2026 no horizonte
O líder de Paes na Câmara ainda puxou a orelha de vereadores da bancada governista que assinaram a emenda que tirou o projeto de pauta. Leonel de Esquerda e Maíra do MST, que representam metade da bancada do PT; Leniel Borel (PP) e Rodrigo Vizeu (MDB) completaram o número necessário retirada da matéria e consequente adiamento da votação. Os partidos dos parlamentares têm secretários no governo municipal, sendo o PT um dos principais aliados do prefeito.
“Vou o tempo inteiro lembrar todos os meus colegas parlamentares que nós somos eleitos para cuidar da vida das pessoas. A gente tem que votar esse projeto porque quem está querendo que não vá para a pauta está se preparando para disputar uma eleição daqui a um ano e que está morrendo de medo de perder. Chegou a hora de a gente trazer esse projeto para a pauta porque ele cuida das pessoas que deram o mandato que vocês têm”, acrescentou Márcio Ribeiro.
Projeto inconstitucional para os apadrinhados do prefeito Eduardo Paes, querer contratar Quatro mil homens temporários pagando 13 mil reais, enquanto paga para o guarda municipal dois mil reais. Eduardo Paes,em catorze anos como prefeito Nunca promoveu nenhum guarda municipal, se ele for ser governador não vai promover os policiais militares, os policiais civis e os policiais penais.