Ainda que tenha atraído políticos de centro-direita e até bolsonaristas como o Fabio Wajngarten, assessor de comunicação de Jair Bolsonaro, o show da cantora Madonna também despertou a ira de conservadores. A rainha do pop simulou sexo de vários tipos, beijou homem e mulher e até flertou com “Jesus”, para a revolta de cristãos.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL) fez questão de dizer que não assistiu a apresentação, mas que “viu pelas redes sociais que teve cenas de pornografia que afrontam o Estatuto da Criança e do Adolescente”. Classificou o espetáculo como “show de horrores” e que vai “apresentar denúncia no Ministério Público”.
“As redes sociais não tiveram capacidade de censurar cenas de pornografia que afrontam o Estatuto da Criança e do Adolescente de forma explicita, e foi transmitido (o show) sem classificação indicativa. É crime! Vamos entrar com denúncia contra tudo e todos no Ministério Público Federal, no Ministério Público Estadual, que já deveriam estar agindo de ofício para que este tipo de aberração e afronta contra inocência das nossas crianças não aconteça mais sem recomendação”, esbravejou Sóstenes.
O deputado estadual Anderson Moraes (PL) postou um trecho em que Madonna faz “quadradinho” na cara da brasileira Pablo Vitar: “A palavra convence, mas o exemplo arrasta. Parabéns a todos os envolvidos. É exatamente isso que nós estamos precisando! Promiscuidade com o dinheiro do povo”.
O também estadual Filippe Poubel lembrou da situação de calamidade em que vive o Rio Grande do Sul, intercalando imagens de resgate em meio à enchente com cenas do show com beijo gay e simulação de sexo oral.
“Resumo do show da Madonna no Rio: muita nudez, muitas cenas de sexo explícito, tudo isso com ampla divulgação e transmissão ao vivo. E muito, mas muito dinheiro público envolvido”.
Segundo a RioTur, o espetáculo “The Celebration Tour” levou 1,5 milhão de pessoas à Praia de Copacabana. Madonna subiu ao palco depois das 22h e o show foi transmitido em TV aberta e também em canais por assinatura e plataforma de streaming que liberaram o sinal.
Não se trata de incomodar conservadores, mas sim de afrontar o art. 233 do cp.