A rainha de bateria da Mangueira, Evelyn Bastos, só chegou em sexto lugar no carnaval da Sapucaí e, agora, também está sem emprego na Prefeitura de Maricá. No Diário Oficial desta sexta-feira (14), foi publicada a exoneração da sambista do cargo de assessora especial do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), função que ela ocupava há um ano e seis meses. A publicação traz a clássica expressão “a pedido”.

Evelyn foi nomeada para o cargo em 15 de setembro de 2023 e recebia, até sexta-ferira, um salário bruto de R$ 11.681,00. A exoneração foi oficializada por meio da portaria nº 43, assinada pelo presidente do ICTIM, Cláudio de Souza Gimenez.
Uma das mais conhecidas rainhas do carnaval carioca, a moça está à frente da bateria da verde e rosa há mais de 10 anos e, de acordo com a Prefeitura de Maricá, ela tinha um papel fundamental no projeto Universidade Livre do Carnaval, lançado em janeiro deste ano. O objetivo da iniciativa, segundo o governo municipal, era capacitar profissionais para a economia criativa e o setor do carnaval.
Além disso, Evelyn, que é professora de Educação Física e historiadora, ocupava o cargo de reitora da nova faculdade ligada ao projeto. A carga de trabalho dela, ainda de acordo com a prefeitura, era de 40 horas semanais, divididas entre atividades presenciais e à distância.
Em fevereiro e março, a prefeitura informou que Evelyn esteve afastada para se dedicar ao carnaval.
”Evelyn pediu licença sem vencimentos de suas atividades devido aos compromissos relacionados ao carnaval e aos desfiles das escolas de samba”, disse, em nota oficial.
No entanto, no sistema da administração municipal, consta o contracheque da moça referente ao mês de fevereiro — com o pagamento integral.

Azar no futebol e no carnaval
O prefeito de Maricá e presidente de honra da escola de samba da cidade, Washington Quaquá (PT), iniciou o ano apostando alto no futebol e no carnaval, mas o azar o acompanhou em ambas as áreas. A União de Maricá ficou em 5º lugar na Série Ouro, sem chance de acesso ao Grupo Especial.
No futebol, o Maricá FC começou o Cariocão como sensação, liderando a Taça Guanabara nas primeiras rodadas. No entanto, o time desandou e terminou a competição em 10º lugar, sem sequer ir para a Taça Rio, onde se disputa uma vaga na Copa do Brasil.