A Empresa Municipal de Urbanização, Moradia e Saneamento (Emusa), de Niterói, envolvida até o pescoço em suspeitas de irregularidades, saiu definitivamente de cena, na virada de fevereiro para março deste ano. Sem alarde.
Não é possível, contudo, afirmar que foi uma “morte lenta”, já que, na prática, a Emusa continua vivíssima, rebatizada como Empresa de Infraestrutura e Obras (ION). Medida anunciada pelo prefeito Rodrigo Neves (PDT) ainda no fim de 2024.
Em 28 de fevereiro, a última aparição da antiga empresa no Diário Oficial aconteceu com o extrato da alteração quantitativa de um contrato, o aceite de uma obra de revitalização de acessos no bairro do Pé Pequeno e o edital para intervenção de drenagem no Fonseca, Zona Norte da cidade.
Depois do carnaval, quem apareceu em cena foi a “novata” ION. Na estreia da nova empresa no Diário Oficial, o presidente Antônio Carlos Lourosa — o mesmo da “finada” Emusa — designou servidores para uma série de funções na estrutura.
Emusa e o caso dos funcionários fantasmas
Nos últimos anos, a Emusa esteve no centro de uma suspeita sobre possíveis contratações de funcionários fantasmas.
Um inquérito foi aberto pelo Ministério Público Estadual (MPRJ) para apurar irregularidades nas contratações da empresa e também o pagamento de contratos com trabalhadores para atividade fim com uso de royalties, o que é proibido.