O projeto de transformação da área do Sambódromo, anunciado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) em dezembro do ano passado, ganhou um avanço: a prefeitura planeja, agora, construir uma nova Cidade do Samba na Avenida Presidente Vargas — bem em frente à Passarela do Samba.
A nova estrutura resolveria a questão logística do deslocamento dos carros alegóricos e permitiria o aumento do número de escolas no Grupo Especial. A atual Cidade do Samba — inaugurada em 2006, quando a região era um deserto — seria demolida e daria lugar a mais um empreendimento imobiliário. Nos últimos 20 anos, a Zona Portuária virou Porto Maravilha — e um espaço disputado pelas grandes construtoras, de olho no crescimento e na revitalização do Centro do Rio.
Plano da revitalização, que agora inclui a nova Cidade do Samba, prevê a demolição do elevado e a venda do potencial construtivo
O plano apresentado por Paes em dezembro já era ambicioso. Inclui a demolição do Elevado 31 de março, a criação de um túnel sob a linha férrea, novos parques, prédios residenciais, museu do samba, sala de espetáculos e ampla reforma da Passarela do Samba.
Para financiar a transformação do espaço, está prevista a venda do potencial construtivo da área que será liberada com a demolição do elevado. Mas a modelagem da operação urbana consorciada — peça-chave para tirar o projeto do papel — ainda está sendo discutida.
Agora, com a inclusão da nova Cidade do Samba.

