Rodrigo José Barbosa da Silva, o Rodrigo Negão, foi assassinado na noite da última sexta-feira (27), no bairro do Cantinho, em Maricá, Região Metropolitana do Rio. Ele era um dos denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPRJ) pelo assassinato do jornalista Robson Giorno, em 2019.
De acordo com informações preliminares da polícia, Rodrigo estava em casa quando sofreu um ataque a tiros. Ele foi baleado no braço esquerdo e no abdômen, foi socorrido ao Hospital Municipal Conde Modesto Leal, também em Maricá, mas não resistiu aos ferimentos.
Testemunhas afirmaram que atiradores abriram fogo da varanda de outro imóvel, que fica próximo à casa de Rodrigo. A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG) registrou boletim de ocorrência, fez a perícia no local do crime e irá investigar o caso.
Na última semana, Rodrigo; o deputado estadual Renato Machado (PT); Davi de Souza Esteves, o subtenente Davi; e Vanessa da Matta Andrade, a Vanessa Alicate, foram denunciados pelo assassinato de Giorno. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) Rodrigo e Davi teriam sido os executores, a mando de Machado.
O deputado Renato Machado negou qualquer envolvimento nas acusações lançadas pelo MPRJ e sua defesa se manifestou por meio de nota, eis a íntegra:
“Cabe destacar que a Justiça sequer analisou a viabilidade da denúncia pelo homicídio do jornalista, uma vez que ao propor a ação o MPRJ deixou de juntar documentos indispensáveis para a análise. Além disso, é preciso destacar que versão da acusação tem por base o depoimento isolado de uma única testemunha, que apresentou quatro versões, tendo sido presa em flagrante por falso testemunho, inclusive.”
Ainda segundo a Polícia Civil, Rodrigo Negão era suspeito do assassinato de outro jornalista, Romário Barros, criador do site Lei Seca Maricá, também ocorrido em 2019.