Para deixar no passado a “semana off”, a Câmara de Vereadores do Rio “voltou” com suas atividades, nesta terça-feira (26), no estilo demolidor. Os parlamentares derrubaram nada menos do que 12 vetos do prefeito Eduardo Paes (PSD) a projetos de lei aprovados na casa.
Com uma semana de trabalho atrasado, o tempo destinado ao grande expediente, a partir das 14h30, quando os vereadores têm o microfone aberto, foi substituído por uma sessão extraordinária para a análise dos vetos. Diferente das últimas terça (19) e quinta-feira (21), o plenário do Palácio Pedro Ernesto estava um pouco mais movimentado.
Na maior parte dos vetos derrubados não havia nada de muito polêmico ou que gerasse discussão. Entre os projetos debatidos estavam, por exemplo, a destinação de verba de medidas compensatórias de empreendimentos imobiliários para o combate a espécies arbóreas invasoras, de Carlo Caiado (PSD); e o reconhecimento da escola União da Ilha como patrimônio cultural, de Wagner Tavares (PSB).
Além disso, uma praça sem nome, em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio, agora vai ter uma placa para chamar de sua. Isto porque os vereadores também derrubaram veto de Paes a um projeto do vereador Marcelo Diniz (PSD), batizando o logradouro, na altura do número 3.145 da Estrada de Jacarepaguá, como Praça Sabélio Pinheiro, em homenagem a uma liderança comunitária local.
Manutenção de vetos às diretrizes orçamentárias faz temperatura subir na Câmara
A temperatura esquentou quando foram mantidos vetos parciais ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2026. No discurso mais longo da sessão extraordinária, a presidente da Comissão de Orçamento da Câmara, Rosa Fernandes (PSD), explicou detalhadamente seu parecer pela rejeição de cada um dos vetos do prefeito à proposta. Mesmo sendo da bancada governista, a veterana recebeu o apoio de Rogério Amorim (PL), líder da oposição. No entanto, Rosa acabou vencida pelo placar de 17×12.
Também foram mantidos os vetos do executivo a trechos do projeto que criou o Parque do Legado Olímpico.
Paulo Messina acaba com a ‘festa dos vetos’
A partir do 14º item da pauta, que previa análise de veto do prefeito à declaração da agricultura de aipim em Santa Cruz, de Zico (PSD), como patrimônio imaterial, começou um “ping-pong” entre Paulo Messina (PL) e o presidente Caiado. O oposicionista pediu adiamento da discussão por uma sessão dos 12 itens seguintes da pauta, também com análise de vetos, aprovado pela casa por meio de votação simbólica.
Apenas no 26º item da pauta e último veto apreciado, a regulamentação de comitês de prevenção e solução de disputas em contratos da administração pública, de Caiado e Pedro Duarte, Messina não pediu o adiamento, com o objetivo de verificar o quórum do plenário. Ao todo, 34 vereadores rejeitaram o veto de Paes e a sessão finalmente partiu para a análise de projetos de lei.