A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) criou uma comissão para investigar o padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira, denunciado pelos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável contra uma mesma mulher, em agosto de 2022 e janeiro de 2023, respectivamente, em Nova Friburgo, na Região Serrana. O padre foi responsável pela igreja da PUC-Rio entre 2016 e 2022.
A Arquidiocese do Rio afirma ter recebido diversas denúncias de abusos cometidos por Alexandre — algumas delas com investigações ainda em andamento, e que o afastou de suas funções.
A denúncia feita pelo Ministério Público (MPRJ) em 26 de março alega que o religioso se aproveitava “da ingenuidade e fé da vítima para praticar o crime”. Ele foi preso na última quarta-feira (3), em Fortaleza, no Ceará, na casa de seu pai.
O MP, na denúncia, destaca que o padre Alexandre Paciolli é um líder religioso carismático, conhecido e influente. Ele era responsável também pela Igreja de São José, no bairro da Lagoa, na Zona Sul da capital, além de apresentar programas de televisão na TV Canção Nova, onde tinha um programa dedicado ao público feminino, o “mulheres de fé”. Fundador da Comunidade Olhar Misericordioso, o padre alcançava cerca de 200 mil pessoas pela comunidade e redes sociais.