Servidores municipais da Educação, que por unanimidade declaram em greve contra o PLC 186/2024, foram contidos pela polícia durante manifestação em frente à sede da prefeitura, na Avenida Presidente Vargas, no Centro. A Polícia Militar, com apoio do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM) e do Batalhão de Choque, utilizou bombas de gás e spray de pimenta para dispersar os manifestantes, que protestavam contra o projeto de lei do prefeito Eduardo Paes (PSD).
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram manifestantes tentando se proteger dos efeitos do gás, enquanto a confusão se espalhava pela Presidente Vargas. O vereador William Siri (PSOL), presente no ato, também foi atingido. Em nota, a SEPM informou que uma pessoa foi detida e encaminhada para o 4º Batalhão de Polícia Militar (São Cristóvão).
O protesto, organizado pelo Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), reuniu professores, conselheiros e servidores da educação municipal, que criticam mudanças como o fim da licença especial e alterações na contagem da carga horária.
Apesar da repressão, o Sepe mantém a agenda de mobilizações. Para amanhã, está previsto um ato na Câmara a partir das 9h. A categoria reafirma a continuidade da greve e das manifestações contra o PLC 186/2024, buscando pressionar o governo municipal a reconsiderar as propostas que, segundo os servidores, precarizam a carreira dos profissionais da educação.