A Prefeitura do Rio fez, na sexta-feira (10), um novo chamamento público para o projeto Embaixadas Cariocas. O valor destinado ao lote 3 do programa é de R$ 26,8 milhões. Em junho, o projeto já recebeu aditivos que somavam R$ 54 milhões, destinados às duas OSs que administram os dois primeiros lotes.
Os contratos anteriores são com as organizações sociais (OSs) Instituto Costa e Silva, no valor de R$ 26,9 milhões, e Instituto Humanitas, de R$ 27 milhões.
Dados levantados pelo vereador Pedro Duarte (Novo), mostram que as duas organizações já receberam do poder público R$ 71,5 milhões entre 2024 e 2025, superando o custo original do programa, que era de R$ 52,6 milhões em 12 meses. Segundo ele, com a nova autorização, os repasses podem ultrapassar a marca de R$ 98 milhões no período.
“Agora estamos diante de um novo chamamento, de quase R$ 27 milhões, para um programa que a imensa maioria da população sequer sabe que existe e o site da secretaria não dá a menor transparência”, afirma Duarte, que classifica o montante como “absurdo”. Ele lembra ainda as suspeitas de “relações cruzadas” entre as duas OSs. Em junho, o vereador já havia levantado suspeitas de “relações familiares entre os concorrentes.”
O que são as Embaixadas Cariocas
As Embaixadas Cariocas têm como objetivo a “formação de lideranças comunitárias na construção de políticas públicas, com orientação profissional a núcleos de apoio terapêutico, e a promoção de ações e iniciativas voltadas ao empreendedorismo social.”
O projeto custaria R$ 52,6 milhões em 12 meses e teve R$ 37,5 milhões pagos até 2024, segundo Duarte, que aponta falta de transparência nos gastos.
